terça-feira, 28 de julho de 2009

Amigos na cidade

Nesse momento em que me encontro redescobrindo a minha cidade pude ter uma nova experiência: ser anfitrião ao apresentar a querida Pelotas a amigos de fora. Como é bom receber amigos, ainda mais quando podemos apresentar lugares que há pouco foram redescobertos por mim mesmo.
Um carro veio de Caxias do Sul – na verdade ainda não sei se aquilo era um caro ou uma nave incandescente. Cristiano Pelego, Nath, Tchesco e Taisa (o casal de 2010/2) partiram da segunda maior cidade do estado. No meio do caminho, na maior cidade do estado – nossa capital – pegaram outra amiga que mora longe: Carine, de Três Coroas. MaGavilha... Carro cheio e pronto para decolar.
Foi apenas um fim de semana, mais especificamente, dois ralos dias, porém, com uma intensidade sem medida.


Chegaram
Na chegada aquele fiasco básico, com buzinaço e todos os gritos e expressões que a gringalhada da serra traz junto. Um lanche do Ronaldo – pra mostrar o que é mesmo um bom lanche – e em seguida a montagem da nossa programação do find. Tudo regado a muito doce, chocolates e tudo mais, coisa que na casa dos Hasse nunca falta.
A programação estava pronta. Iniciaremos pela visita ao centro histórico, depois almoçamos, vamos até a Charqueada fazer um passeio de barco e depois: Laranjal.

Dia 18/07
Nos encontramos todos na praça Coronel Pedro Osório. Foi ali a primeira pausa para a sessão de fotos. Em seguida, o mais antigo teatro em funcionamento do Brasil foi o cenário para mais registros. Dali caminhamos na tradicional Rua XV de Novembro, apresentamos o Café Aquários e decidimos almoçar no restaurante Alles Blau. A comida lá é ótima, nós já sabíamos disso, mas quando é elogiada por pessoas de fora a gente tem a certeza que acertou. Ali também foi o palco de grandes risadas, diria até que foi o primeiro grande momento de uma fiasqueira básica. Quando olho pra mesa do lado, os conhecidos estão se finando de tanto rir. A Juh está num vermelhão e quase chorando. A Lidi está com aquelas risadas que quando vê sai só àqueles gritos (quem conhece já está rindo só de imaginar). Como diz do Cris Pelego: parece que não troca a marcha. É bem isso mesmo. Depois entendemos o motivo da risada. De fato gurias, a doçaria Bidola era merecedora de todo aquele alvoroço.
Saímos do restaurante e fomos comer a sobremesa. Não na Bidola (que na verdade estava se referindo a Berola) e sim na Doçaria Pelotense. Junta mesa, escolhe doce e mais uma vez o terreno tava marcado pela “excursão”. E digamos que o auge do momento foi a interpretação do Tchesco imitando a bixinha mascando chiclete – inigualável.
Saímos do centro e em direção a casa Juh pra preparar o mate, passamos pela Catedral. Mesmo para um grupo de evangélicos, o sentimento que aquilo representa é algum majestoso. Ficaram ali registros ótimos. Os vitrais, a cúpula, as colunas. Só o que estragaram as fotos foram as nossas latinhas. Teve até pelotense que nunca tinha entrado na Catedral. Só por isso já valeu!

Mate pronto e se vamos para o Laranjal. No meio do caminho, uma passada pela Charqueada, pra ver se haveria ainda a possibilidade de rolar o passeio de barco. Ilusão nossa, se o cara ficou de ligar desde cedo para confirmar e até aquele momento não havia ligado, era óbvio que não iria sair. Mas bueno, são alguns detalhes como esses que tentam tirar a beleza da minha terra.
Meia volta, e vamos para o único destino confirmado: praia do Laranjal. Um ótimo momento de conversas e o momento em que as gurias se lavaram batendo fotos. Claro, naquela função de que na média, são uns 50 clics pra um resultado de sete (seeeeeetiii) fotos aproveitáveis... Também foram momentos de dar mais valor ainda pra cidade, quando o Tchesco comenta que se surpreendeu positivamente com Pelotas. Que por aquilo que ele ouvia falar, não imaginava que fosse assim. Mais um ponto pra nós! Muitas fotos no trapiche. Algumas inclusive reveladoras... mas deixa quieto. Depois um pastelzinho na Barra e voltamos pra casa.



À noite o Central Perk dos Friends entrou em ação – a agora com aqueles sofás ali, até que ta parecido mesmo. Mais uma vez o Leandro se puxou no churras. Quase não demos conta de comer picanha, entrecô e salsichão. O doce foi algo que contribuiu para dar aquela selada. Todos tristes, jogados nos sofás e nas cadeiras esboçando algumas caras de sono. Entre uma bocejada e outra, surge uma idéia brilhante: Vamos brincar de qual é a música! Idéia da Taisa que passou as regras e iniciou a partida. Que disputa! Até descobri que as gurias não são tão boas nisso quanto parece. Até por que, quando a gente canta uma música que elas muito conhecem e que muito dançaram, se fazem de desentendidas... (mais explicações em um dos recados do meu Orkut). Foi divertido... achei que todos tinham fumado um boa noite ou então cheirado um Flit. Valeu! A noite matou a pau. Estávamos nos encaminhando para o último dia de convívio.



Domingo, 19/07, aniversário da Taisa
O ajuntamento foi lá na casa da Lidi. Por incrível que parece naquele dia não tinha pedágio e não teve tiroteio. Um super strogonoff prepara do pela dona Eunice – Nica para os de casa. As conversar foram variadas, mas dois grandes assuntos pautaram o dia: morte de Michael Jackson, com o DVD rodando, e a festa de 15 anos da Lidi, também, pasmem, com o DVD rodando. Meus queridos, para alguns, como o tempo faz bem... Para outros, como diria meu amigo Leandro: “que faze longa”.

É hora de dar tchau!
Mas foi... Depois de muita risada, alguns já começaram a ir embora, outros a se aprumarem para ver o jogo e ainda um grupo de cinco pessoas se preparavam para pegar a estrada.
Um fim de semana que ficou marcado... Com pessoas que conhecemos há tão pouco tempo, mas que já fazem parte da nossa vida tão de perto.
À noite, quando a nave incandescente preparava-se para voltar ao seu destino alguém comentou: “imaginem se nós não nos conhecêssemos: nós estaríamos vivendo aqui, eles lá etc. O que seria diferente...?” Imediatamente respondi: “o bater de asas de uma borboleta no ocidente pode causar um ciclone no oriente", Edward Lorenz.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Pelotas, minha cidade!


No dia 07 de julho, a cidade de Pelotas completou 197 anos. Confesso que o aniversário da cidade nunca foi tão celebrado por mim quanto neste ano. Talvez as circunstâncias e o momento que eu vivia naquele início de semana me levassem a uma percepção das coisas com um tom mais emotivo.
Manhã fria... Saí de casa no mesmo horário de sempre: 7h40. Fiz o meu trajeto normal... Com o trânsito conturbado, como sempre, na avenida Fernanda Osório (isso é assunto pra um outro post). Até estacionar em frente ao prédio da reitoria da Católica, como sempre. Fiz o mate, como sempre, e me preparei para ler o jornal, como sempre.
Em ambos os jornais reportagens especiais sobre a cidade. Até uma declaração minha no Diário Popular integrava uma das matérias. O reitor era um dos personagens da grande conteúdo jornalístico especial referente à cidade. Muitos anúncios também parabenizavam a cidade e era interessante perceber os argumentos de cada um.
Em seguida, ao sentar na frente do computador abri o novo site do Diário Popular. Afinal a Católica tinha um espaço publicitário e eu precisava conferir. Nessa World Wide Web estava um dos grandes elementos que atiçaram ainda mais a minha emoção naquela data. Um vídeo... Texto do admirável Pablo Rodrigues, editor do Jornal, narrado pela voz do ator José de Abreu, ilustrado com imagens dos fotógrafos do DP e temperado com uma espetacular trilha sonora de músico pelotense. Bem, foi de fato o start emocionante para um grande dia contemplando Pelotas. Pelotas que logo em seguida foi ouvida com os acordes de Kleiton e Kledir, na música em homenagem a cidade. Jowquin do Vitor também fez parta do playlist que tocou algumas vezes durante o dia. À tarde, fui ao centro. O clima não podia ser mais característico. Acredito que são em dias como aquele que Vitor Ramil descreve essa tal estética de frio. A caminhada pelo centro foi com olhos atentos em cada detalhe, em cada rosto que comemorava a data – ou que nem se ligava nela.
À noite, saí da Universidade, fui pra academia, e em seguida tinha minha aula de inglês. Cheguei um pouco adiantado e resolvi fazer uma horinha. Aonde ir? Ora, o que estava faltando neste dia era um cafezinho no Aquário... Não me lembro se a moça disse merece... até porque o atendimento não é o forte deles. Porém, foi de um simbolismo impar. Fui pra aula e ao sair, a umidade formava uma névoa no ar, o que deixava tudo pronto para o início de mais uma poesia.
De fato, nunca vivi um aniversário de Pelotas como esse. Alias, nunca imaginei que eu gostasse tanto da minha cidade quanto vi que gosto. A cidade em que nasci, lugar onde me criei, aonde me formei e que hoje me dá o sustento.
Obrigado Deus por esta cidade tão especial e por me fazeres ver o amor que tenho por essa terra.



segunda-feira, 20 de julho de 2009

Dia do Amigo – João 15.15

No capítulo 15 do Evangelho de João tem uma palavra muito interessante sobre a expressão Amigo. O versículo 15 diz o seguinte: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.”

Nesse capítulo João inicia falando da conhecida parábola da Videira Verdadeira. Ali, Jesus se compara a essa planta e associa a Deus Pai o título de agricultor. Diz que nós somos os ramos e, caso não venhamos a dar fruto, somos cortados e lançados fora. Sabemos que os galhos, os ramos são os responsáveis por frutificar – especialmente se tratando de uma videira. Para que isso ocorra, precisamos estar ligados de fato a Jesus de onde corre a verdadeira “seiva” que alimenta os “galhos”. Com esses “galhos” bem nutridos e alimentados fica muito fácil frutificar.

Pois bem, são seis versículos que falam de relacionamento. Falam de estarmos ligados a Jesus. Cumprindo com seus ensinamentos e sendo sustentado pela sua graça. Em seguida, Jesus continua falando dessa relação de reciprocidade que existe entre Deus e os homens. Fala expressamente do amor de Deus e nos orienta a amar-mos uns aos outros assim que Ele nos amou (e nos ama).

Nessa construção Jesus toca em uma grande ponto ao se referir aos discípulos. É então que ele tasca o versículo 15. Jesus não se refere aos seus como servos, mas como amigos. E ele ainda explica dizendo que tudo que Ele tem recebido do Pai tem revelado àqueles que o seguiam (e o seguem) de todo o coração.

Pois bem... Hoje é o Dia do Amigo (20/07). Deus quer ser o nosso melhor amigo. Com certeza Ele faz a sua parte. Porém, a palavra relacionamento prescinde recíproca. A pergunta nesse dia em que muitas vezes recebemos cumprimentos de pessoas que – perdoem-me a indelicadeza - não podemos nominá-las com o título de Amigo. Já o senhor Jesus está esperando o nosso cumprimento. Está esperando a nossa oração que dirá: “Senhor Jesus. Eu seu que tu és o meu melhor amigo, porém, a minha recíproca nem sempre é verdadeira. Vem cuidar de mim e faze crescer esse meu relacionamento contigo. Tudo isso pra que dia-a-dia eu possa ser um ramo bem alimentado, nutrido, que dê bons frutos”.

A todos vocês, uma feliz dia do Amigo.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Aos seus amados Ele dá enquanto dormem - Salmo 127.2



Dormir... como é bom dormir. Ainda mais nesses dias frios de inverno. Acho que uma das piores coisas que pode existir é uma noite mal dormida. Quando nos reviramos na cama, pensando em coisas ruins, compromissos pendentes, ansiosos por coisas que virão ou que poderão vir. No entanto, como é bom poder deitar a cabeça no travesseiro e descansar. Repor as energias. Recarregar o ânimo para um novo dia de vida.

Em vários momentos as Escrituras falam sobre descansar, dormir, travesseiro... A palavra do salmista – Salmo 127 – diz que Deus dá aos seus enquanto dormem... Estranho, não? Justo no momento em que não pensamos em nada, e tudo quando vem à nossa cabeça é algo inconsciente. Então... isso me parece estranho e ao mesmo tempo complicado. No mesmo salmo, Davi fala que se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam. Se o senhor não guardar a casa, em vão vigia a sentinela (v.1). Pra mim, essa palavra, de fato reforça que é Deus quem deve estar no comando e que é Ele que de fato dirige as coisas. Caso contrário fica tudo truncado. Outro grande problema é quando pensamos deixar Deus dirigir as coisas, porém, por nossas próprias forças espirituais queremos fazer com que sejamos merecedores de qualquer bem. Podemos ter claro que não por orarmos de joelhos, ou por nos autoflagelarmos, ou ainda pelo freqüente jejum, mas, de fato, pelo nosso coração quebrantado na presença do Senhor e pelo nosso relacionamento íntegro com o próprio Deus e com as pessoas que nos cercam é que nos aproximamos de Deus. No mais, é graça... Aos seus Ele o dá enquanto dormem. Quando não fazemos nada, quando não pensamos em nada e quanto estamos totalmente desprotegidos.

Deus conhece o nosso coração. Conhece os nossos passos, sabe quanto me assento quando me levanto. Entende todos os nossos pedidos e é fiel para suprir TODAS as nossas NECESSIDADES (em um próximo post podemos tratar dessa questão de necessidades).

Sob a graça de Deus, não somos mais dignos que ninguém... Esqueceram: todos pecaram.

De fato o que nos resta é termos uma vida reta, comprometido com nossos deveres de cidadão brasileiro, tendo de fato uma postura íntegra na presença de Deus. Agindo assim, podemos tranquilamente deitar nossa cabeça no travesseiro, dormir e, de fato, descansar, crendo na promessa de que “Aos seus amados Ele o dá enquanto dormem”.

Deus nos abençoe!